Secretário Jefferson Portela e autoridades policiais se pronunciam sobre o Instituto de Genética Forense

A Secretaria de Segurança Pública inaugurou, na tarde desta terça-feira (25), por volta das 15hs, o Instituto de Genética Forense (IGF), objetivando a avaliação de materiais a serem analisados por tecnologias de última geração com a priore de identificar perfis genéticos, resultando na identificação de materiais e pessoas, levando à elucidação de crimes nas mais diversas áreas. Com a inauguração do IGF, há um ganho no tempo resposta e na quantidade de materiais processados, e ainda na qualidade dos resultados.

O IGF é um instituto que trabalha com as técnicas de Biologia Molecular e Genética Forense, na materialidade do crime e na análise dos vestígios coletados em locais de crimes, para obtenção de perfis genéticos de vítimas e agressores no sentido de materializar esse crime.

img_2721O IGF receberá amostras de casos de violência sexual, casos para identificação humana, quando não for possível ser feita esta identificação mediante a impressão digital e a arcada dentária, casos envolvendo a paternidade criminal, oriundas de uma violência sexual. Essas amostras podem ser inseridas num banco de perfis genéticos e serem confrontadas com suspeitos a nível estadual e nacional.

Perfil Genético através da análise de amostras 

As análises dos materiais genéticos encaminhados do IML, do ICRIM, do CPTC e da autoridade policial, tipo uma faca, uma camisa, um preservativo, ou até um fragmento de osso, servirão para estabelecer um perfil genético das vítimas e agressores. Através desta análise, é possível desvendar a autoria do crime. A Superintendência de Polícia Técnica Científica, coordenada pelo superintendente Miguel Alves, e tendo como diretora do IGF a perita criminal Christiane Pinto Cutrim, resolve um problema antigo, pois a maioria das amostras coletadas era enviada para outros Estados, atrasando, assim, a agilidade das investigações. O IGF conta com uma equipe de 05 Perítos Criminais, que realizarão o confronto de vestígios dos materiais coletados nos locais de crimes.

img_2717Outro ponto crucial é a redução no tempo médio de elaboração do laudo. Com a presença do IGF, realizando o trabalho em “casa”, sem a necessidade de viajar e com equipamentos de última geração, com robôs com alta sensibilidade, com certeza há um ganho na quantidade de materiais processados, no tempo e na qualidade dos resultados.

Durante a inauguração, o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela repassou que “Hoje, com a inauguração do IGF, houve um salto para a investigação criminal. Adquirimos equipamentos de alto desempenho e o Poder Judiciário receberá provas contundentes para a decisão da Justiça. Agradecemos o governador Flávio Dino, por mais este aporte ao Sistema de Segurança Pública”, acrescentou.

img_2777O Governador Flávio Dino ponderou que “Quando realizamos esse tipo de investimento, visamos o coletivo e esta ação é um grande salto no exercício da modernização do Estado. Muitos dos casos examinados serão de atentados contra mulheres e contra a vida, mas com a inauguração do IGF estamos diminuindo os problemas de morosidade do poder público”.

O superintendente da SPTC, Miguel Alves informou que “A inauguração do IGF é o coroamento de um trabalho iniciado a longa data, em que peritos que se dedicaram à capacitação e especialização  aguardavam por parte do Estado o oferecimento de uma estrutura de trabalho, pois desde a formação da equipe de transição, em dezembro de 2014, o secretário Jefferson Portela nos autorizou que colocássemos como pauta a criação do IGF, além de outras demandas na área pericial. Em maio de 2015, com a lei de 10.238, que reorganizou a estrutura da Polícia Civil, o IGF foi criado legalmente e partimos para a execução efetiva e finalizamos todo um ciclo com os melhores peritos em genética do país, capacitando os nossos peritos criminais”.img_2720

 

Estabelecendo autorias de crimes pelo DNA

A perita criminal Christiane Cutrim repassou que os condenados por crimes hediondos devem ceder os materiais compulsoriamente para que sejam inseridos num banco de perfis genéticos e possam ser comparados com vestígios que também são inseridos no banco de dados. Deste modo, é possível estabelecer uma autoria de crime, nacional e internacional.  Christiane Cutrim disse, ainda, que a análise é feita a partir da obtenção do perfil genético de amostra, que trabalha com DNA. As análises eram realizadas em outros laboratórios de Genética Forense, com a parceria de outros estados, sendo que os peritos daqui pegavam estas amostras, esses casos, levavam até esses estados, sendo feitas as analises desse material e o laudo era feito em conjunto, em parceria dos peritos do Maranhão com os peritos dos laboratórios parceiros.

 

 

Mauro Wagner – Ascom/SSP